Se a lógica de acumulação infinitamente ilimitada de valor estivesse codificadamente ausente de toda forma de legitimidade social — ou seja, se a riqueza deixasse de ser reconhecida como mérito legítimo —, qual seria o motivo último para manter qualquer instituição capitalista que organize a produção, a troca e a propriedade sob a presunção de que o valor é invariavelmente mais importante que o cuidado com a vida humana, com a dignidade e com o ecossistema? E, nesse cenário, quais formas de organização social poderiam emergir que tornariam irrelevante a ideia de crescimento como fim último?
