Em pronunciamento, o deputado
João Henrique Catan (PL) criticou a iniciativa da professora e cobrou um
posicionamento da prefeitura, por ela se vestir de princesa em sala de aula. A investigação
concluirá se a docente, que leciona para alunos de 7 anos, descumpriu alguma
norma.
“Eu quero oficiar a rede
pública, a Comissão de Educação aqui da assembleia também. Eu quero saber quem
é esse professor, eu quero saber quem é esse diretor que permitiu que um
professor entrasse na sala de aula fantasiado de travesti. Isso está no plano
de ensino?”, continuou o parlamentar.
A professora Emy Santos tem 25
anos e trabalha há um ano na rede municipal de ensino. Ela rebateu as acusações
e disse ter sido convidada a comparecer à escola fantasiada no primeiro dia de
aula.
“Sou uma profissional, uma
educadora, estudei para isso, sou uma mulher trans, sou travesti. Essa é minha
identidade. Arte é arte. Foi um dia especial na escola. Fui convidada a me
fantasiar para receber as crianças de forma diferente para o primeiro dia de
aula!”, escreveu a docente.
“Meu plano de aula está correto,
tudo encaminhado com muito cuidado, trabalhando a criatividade e imaginação das
crianças! Tenho meus documentos retificados, tenho diploma, tenho família e sou
muito respeitada, porque minha vida é lutar para um mundo melhor e sem
preconceito! Espero que a justiça seja feita!”, concluiu.
Nas redes do deputado, muitos
saíram em defesa da professora, argumentando não terem visto nada de errado no
caso. No vídeo que registrou a interação com alunos, ela aparece perguntando a
idade das crianças e estimulando cálculos de Matemática.
Alguns internautas acusaram o parlamentar de transfobia por se referir a
Emy Santos como homem. “Ela é uma professora. Ela é uma mulher. Ela pode ir
vestida como quiser para deixar a vida deu uma criança mais feliz, usando a
imaginação. Transfobia é crime”, opinou uma mulher.
Já o deputado Pedro Kemp usou a Tribuna para onde considerou de
discurso, enviesado e inadequado, e disse ser muito temeroso usar desse
expediente sem conhecer a história de uma pessoa.
Ele aproveitou para pedir respeito uns para com os outros, e se diz
temeroso em relação ao discurso de ódio que isso pode se tornar.
Veja o vídeo com o discurso do deputado: